domingo, 30 de dezembro de 2007

Graça

Uma capa de negras nuvens
Não me deixam ver o sol
Andando na escuridão
Com medo, frio, só...

Procurando um refúgio
Um lugar alto ou um farol
Sem ninguém para me proteger
Machucado sem você...

Mas não estou aqui só porque eu quero mais, não...
Hoje eu entendi

Que teu favor eu não mereço,
A tua graça eu não entendo
Mas de alguma forma ela é tudo que eu preciso ter...

Oh me perdoa, sei que peco
Não poucas vezes te renego
Eu só mereço a morte ou algo assim...

Agora tua presença me invade
Transborda luz, graça e verdade
Trás de volta o sol... me aquece floresce colore o meu céu de azul

Sei que palavras não conseguem
Nem nunca irão medir o quanto
Eu quero te dizer mais do que um: eu te amo

Oh Deus...

Viver...

Por um momento
Me pego nesse seco mar de solidão.
Onde estão os amigos
Pra curtir um bom momento “voz e violão”?

Não entendo por que
Ta batendo essa frieza no meu coração
Logo vivendo aqui
Num Brasil que, quase o ano todo é verão

Viver a vida,
E ter esperança de um novo amanhecer
Só vai dar certo
Na experimentação de um novo nascer.

Ta batendo um vazio
E não é a primeira vez que eu me sinto assim
Muito forte por fora
Escondendo a insegurança que há dentro de mim

Acho que vou dar um rolé
Sair com a galera vai ser bem legal
Quem sabe assim eu me esqueço
Por que eu to estranho e me sentindo tão mal

Acabei de chegar da balada, enchi minha cara, fiquei com uma gata... CARA! Essa
noite eu me dei muito bem!

Mas assim que a festa acaba, toda a alegria que as drogas, o álcool e aquela gata te
deram vão embora também...

foi embora...

Viver a vida,
E ter a alegria que nunca vai acabar
Só vai dar certo
Se ao ser supremo você se entregar

E ele é Jesus...

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

até lá...

sem inspiração
sem imaginação
sem compensação...

mas um dia ela haverá de chegar,
e até lá, eu espero...

sem motivo pra tocar,
no aço os dedos machucar;
mas nem motivo de choro ameaça chegar...

naquele estranho lugar, onde o vento insistia em, contra mim, golpear vejo que pra lá terei que voltar, e até lá... até lá eu espero.

mas nisso tudo aprendi,
de moldes costumeiramente usados, desprendi!
afinal, moldes não trazem, transmitem, passam nada de bom...
pode até tirar a beleza, sufocar o vigor, transformar vida em chacina
trazer inutilidade, transformar em clichê tão preciosa rima
mas se essa tal liberdade não passar de uma escrota mutação
de tudo que era comum e bitolado, se mostrando nova tradição...
não haverá sentido...
se fará iludido.

haverá chance?
existirá saída?

e até lá? ... esperarei? e nada farei?

que luz há em retrair-se? Que virtude há em retirar-se? Que honra há em não ser... não fazer, e na gaiola da ociosidade, deixar acontecer?

mas... valerá a pena? solucionar-se-á o dilema... cederá o egoísmo, prevalecerá o amor e quebrar-se-á o sistema? todo esse, contra nós armado, estratagema???

transformar o mundo é um nobre alvo,
muitas vezes abafado,
pelo ataque mal planejado.

o grande segredo
não está na sua totalidade revelado
é um caminho duro, que vale a pena ser trilhado

mas, e o segredo? onde está?
de onde vem? pra onde vai?
me fará ser rico? atraente? poderoso?

não...

muitos por tais coisas, cederam e cairam na perspicaz e sutil cilada
por que o poder... é um diamante, pedra precioisa a ser lapidada,
qualquer um, no menor descuido, só terá um monte de pó... pura beleza, arruinada...

então, que bem me trará esse tal segredo?
- um bem inestimável,
em qualquer lugar do mundo louvável:

dor, sofrimento,
lágrimas e discrepâncias...

passageiras... temporárias...

e o resultado, o eterno benefício será o cuidado,
serenidade, paciência, caráter lapidado...
agora, de tudo que se tiver, todo poder
nada será ao mal desperdiçado

sim, o caminho é longo...
demorado, e com uma certa falta de sentido na relação custo benefício...
mas não é causa perdida, antes, por difícil... por muitos é desistida...

mas por ela lutarei,
minha voz não calarei,
para todos idiota serei

nada me cansará
ventos, tempestades
perigo ou qualquer barreira
nada me será impedimento... afinal, tal barreira para ser quebrada lá está!

e o mundo tocado será
em nova melodia se deleitará

musicalizando...

criando...

amando...

agindo...

não mais só esperando...

e nisso tomo meu descanso... não deixando a neurose do meu alvo me tirar

fazendo o que fui criado para fazer,
sendo o que fui criado pra ser,
será natural... outros haveram de se despertar,
voltarão a sonhar,
verão que nunca é tarde para começar...

e ate lá... o que me cabe é as sementes semear...
vê-las crescer,
seus frutos no tempo certo dar...
e certo estou,
que o futuro será maior do que sonho,
mesmo que mais difícil do que eu quero.

e até lá... eu espero.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

de cama não

corrupção...

do som puro e suave,
como de uma harpa... esse som que se chamava amor
o que sobrou foi a distorção, como das guitarras de rock'n'roll

esqueçeram a pureza...
relevaram a inocência
o rebaixaram ao frígido e ao vulgar

afinal, em suma, a música revela grande parte (se não o totalidade) do caráter do compositor e do "mundo" em que ele vive... então, as perguntas se formam: que amor é esse?

que razão de viver é essa... em constante mutação?

como falar de amor... quando este nem se quer se mostra, em muitas canções que ouvimos?

sei o que é amor? sei o que é amar?

a música deveria educar... ser um instrumento de evolução da nossa mentalidade... integridade... afinal, queremos um mundo melhor certo? Mas como todo grande poder, tem o perigo de ser mal utilizado... para o mal utilizado...

ei, vocês... cantem, ouçam... vivam escrevam musicas de amor... de cama não!

não maculem, a pureza
não cabonizem o puríssimo véu do amor...
com o lascívo fogo da paixão

por que, acreditem ou não...

um é fonte de vida
...
o outro

...


acaba em solidão