terça-feira, 22 de dezembro de 2009

O impacto tenebroso de um som.

Eu poderia escrever um belo texto convencendo você a ouvir, a partir deste instante, todas as músicas da banda de Reggae Mato Seco.


Mas para não menorizar a banda e sua poesia, transcrevo uma de suas letras. Proclamadas violentamente pelo seu arauto: Rodrigo Piccolo.


Desde a era mais remota
Do tempo mais longínquo
O homem vive a guerra
Grandes batalhas foram travadas
Muito sangue foi derramado
E toda a carnificina foi exaltada

Mesmo sabendo que poucos gozariam da vitória
A guerra não parou
E não nos libertou
Não se busca a Paz com guerra
Não se chega à Luz pela escuridão

Mas, a lei da Vida é clara, muito clara
E não há quem deixe de pisar o chão na terra
Sem antes se entender com ela

O mal vem como uma maldição
E amaldiçoado o que vem com o mal
Pois o terá todo para si
E o homem que faz a guerra
Terá a guerra e a peste para si

E chuvas ácidas derreterão seus cavalos de Tróia
Um efeito estufa como fogo, reduzirá a pó seus castelos de cera
Nada terão para colher os que não plantam nada
Pois pra quem tem o Bem, o mal não é nada
Pra que tem Amor e Fé no Pai da Vida
O mal não é nada

O tempo passou
A guerra não parou
Mas o mal também não reinou
E que saiba que nunca reinará
E que com a música, arte, poesia divina, viva em cada um
Nos libertamos e louvamos À Jah
Estamos aqui e que o homem mal saiba que nunca reinará,
Nunca será.

sábado, 19 de dezembro de 2009

A resposta para qualquer pergunta!

Quem nunca quiz berrar isso, atire a primeira pedra!



E se atirar, já sabe o que eu acho!

Aconchego e Mar.

Sinto
Você por perto
De peito aberto
Me aconchegar

Prevejo
O teu desejo
De ter meu beijo
Com cheiro e cor de mar

E quero
De um modo certo
Te ser eterno
Enquanto eu durar

Mesmo
Assim singelo
Que o nosso elo
Possa concretizar

O mais
Sincero e puro azul
De um vento forte e sul
Que chega a divagar

Disfarçando essa minha solidão
Me dando aconchego e mar...
Soprando aconchego e mar...
Nos teus seios... aconchego e mar...

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Uma postagem inesperada, mas justificada!

Quem me conhece vai esetranhar essa postagem.

Nunca pensei em usar meu blog para falar de futebol.

Nada contra o esporte, mas não é minha praia.

Mas a seguinte notícia aguçou minha curiosidade:

"Sport ameaça processar veículos que tratarem o Flamengo como hexacampeão"

Leia um trecho da notícia:

O Sport Clube do Recife vai processar os veículos de comunicação que tratarem o Flamengo como hexacampeão brasileiro. [...] O motivo é o polêmico campeonato de 1987. O time pernambucano é reconhecido pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) como o campeão, mas o Clube dos 13, que organizou a Copa União, considera o clube carioca o vencedor do título naquele ano. Com isso, o Sport argumenta que o Flamengo é apenas pentacampeão.
Bom, isso era esperado dos flamenguistas né gente?
 =]

E sou tricolor de coração!

Posso não ser hexacampeão, mas todos os títulos que tenho tenho legitmamente!

PS.: para ler toda a matéria clique no título!

Pois é gente, uma vez ladrão  flamengo, sempre 171 flamengo!

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Aconchego e Mar

Sinto 
Você por perto
De peito aberto
Me aconchegar

(Pre)Vejo 
O teu desejo
De ter meu beijo
Com cheiro e cor de mar

E quero
De um modo certo
Te ser eterno
Enquando eu durar


Mesmo
Assim singelo
Que o nosso elo
Possa concretizar


[...]


Essa canção uma Abelha vai terminar. 


"Faz zum zum pra mim... faz zum zum e mel..."

domingo, 22 de novembro de 2009

Tarde quente

Tarde quente ouvindo os bichos do mato e as risadas da família aqui perto de onde estamos...

... e cadê você minha canção? eu tento te achar mas você é charmosa e gosta de me ver penar.

Esse ar seco de folha seca
amarela, mas com jeito
de que verde já foi

Tomara que me tome pelas pernas
Me suba pelas costas
e me carregue aos teus
montanhosos verdes cheiros


É a luz desse sol
é o calor dessas monções
é o inverno que se esconde
Mato seco é tempo febril
que não cessa a brasa
é tempo brasil.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

#Tamanho

      Tamanho não é documento, segundo um antigo refrão dos baixinhos. Mas no Brasil tamanho é álibi. 
      
      Nos desculpamos muitas coisas porque somos grande demais. O problema não é de caráter, é de extensão territorial. 
       
      Temos fronteiras remotas de onde vêm congressistas estranhos.Temos bolsões pré-históricos, temos vastas áreas conhecidas só por bichos e satélites.
     
      Não se é deste tamanho impunemente.O tamanho nos explica.Está mais ou menos subentendido que para explorar esta imensidão uma certa dose de banditismo é necessária, ou pelo menos inevitável. As empreiteiras não têm culpa do que fazem, é que o Brasil é muito grande.

      Rouba-se tanto porque há demais para roubar, a sopa é amazônica.
      
      Brasília é o que é porque está cercada pelo Brasil, esse infinito para todos os lados. Damos aos desbravadores uma licença tácita para terem escrúpulos inversamente proporcionais à área nacional.

      É uma cidade sitiada pelo descomunal.
      
      Não surpreende que defenda interesses restritos: o corporativismo, no fundo, é um anseio por universos menores. Uma saudade da paróquia.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Breve carta pro meu bem.

Sabe, nada será melhor que ter seu corpo deitado ao meu. Nosso amanhã não se findará na aurora do eterno Sol. Seremos mais e melhores, pelo que piores não podemos. É nesse instante de ternura que me comtemplo aqui a implorar pelos teus carinhos. Preciso do teu ar de serenidade e agitação. De mistério e riso.

E se só nos cantos já é tão lindo nosso amor, que dirá quando despertarmos desse sono vaidoso.

domingo, 4 de outubro de 2009

Sivuca & Hermeto

Na garoa dessa tarde
sinto a morte me vir lembrar
que por hoje alegria foi bastante
e a tristeza da noite é par

É fato, hoje me alegrei
ri comigo mesmo
pro meu bem me confessei

Não há chuva que apague
nem trovão que me ponha medo
o Amor chegou e já tá em casa
e fez da tristeza engano ledo.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Filosofia Judaica

Judeus que mudaram

a forma de vermos a vida:

Moisés: A Lei é Tudo!

Jesus: O amor é Tudo!

Marx: O Capital é Tudo!

Freud: O Sexo é Tudo!

Eintein: Tudo é Relativo!


O Marx era judeu? oO

Fonte: Jasiel Botelho

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Pecado Original

Se um dia te perguntarem: qual é a origem de todos os males do mundo, responda: o homem. E se perguntarem novamente: mas qual é a origem de todo o mal dentro do homem, responda: este caiu na tentação da moral: "Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal." Genesis 3:5

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Sobre as coisas da vida.

Matemática do amor
Homem esperto + Mulher esperta = Romance
Homem esperto + Mulher burra = Caso
Homem burro + Mulher esperta = Casamento
Homem burro + Mulher burra = Gravidez

Equações gerais & Estatística
Uma mulher se preocupa com o futuro até ela conseguir um marido.
Um homem nunca se preocupa com o futuro até ele conseguir uma esposa..

Felicidade
Para ser feliz com um homem, você deve entendê-lo bastante e amá-lo um pouco.
Para ser feliz com uma mulher, você deve amá-la bastante e jamais tentar entendê-la.

Propensão à mudança
Uma mulher casa com um homem esperando que um dia ele mude, mas ele não muda.
Um homem casa com uma mulher esperando que ela não mude nunca, mas ela muda.

Leia mais no pava blog!

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

A trilha dos bois

Após cruzar florestas virgens,
Como fazem os bons bezerros
Um bezerro retornou para casa;
Mas uma sinuosa trilha seu rastro deixou
Como todos os bezerros deixam.
Trezentos anos se passaram desde então,
O bezerro está morto, eu acredito.
Mas seu rastro ainda permanece,
E a moral da história está aí.
No dia seguinte o rastro farejado foi
Por um cão solitário que por ali passou;
Então o sábio vaqueiro
Seguindo a trilha por vales e estepes,
Trouxe o rebanho atrás de si,
Como os bons vaqueiros fazem.
E desde então surgiu grande clareira na mata,
Pela velha floresta surge um caminho.
E muitos homens por ela foram e voltaram
E alargaram, arrumaram, ampliaram.
E proferiram palavras de justa ira
Por ser tortuoso tal caminho.
Mas mesmo a contragosto ainda o trilharam,
A primeira trilha daquele bezerro,
Por entre árvores e entre espinhos ficou sinuosa
Pois cambaleava enquanto caminhava.
Este caminho na floresta virou rua,
Que curva, vira e curva novamente;
Esta rua torta virou estrada
De pobres cavalos com suas cargas
Labutando sob o ardente sol
Numa viajem de três milhas e meia.
E assim por um século e um meio
Seguiram nos passos daquele bezerro.
Os anos voaram velozes,
A estrada virou rua de aldeia;
E antes que os homens dessem conta,
Virou avenida congestionada da cidade;
E logo rua central de uma metrópole renomada;
E homens há dois séculos e um meio andaram
Na trilha de um bezerro. a cada dia cem mil
Pessoas seguem o cambaleio do bezerro;
Tal tortuosa jornada vira rota de continente.
Por onde passam cem mil homens
Passou um bezerro, morto há trezentos anos.
E eles ainda seguem o caminho tortuoso,
E perdem cem anos por dia;
E assim prestam tamanha reverência
A tão bem firmado precedente.
A lição moral que isto ensina por mim é pregada;
Os homens são propensos a seguirem cegos
Ao longo das trilhas dos bezerros da mente.
E a trabalhar dia a dia, sol a sol.
Para fazer o que outros homens fizeram.
Eles seguem no rastro batido,
Pela beira e pelo meio, para frente e para trás.
Permanecendo ainda em seus tortuosos caminhos,
Mantendo o caminho que outros fizeram,
Eles fizeram do caminho uma trilha sagrada,
Ao longo do qual suas vidas se movem.
Como sorri o velho sábio deus da floresta,
Ele que viu o primeiro bezerro passar!
Ah! Muitas coisas este conto poderia ensinar -
Mas não sou ordenado para pregar.
- Sam Walter Foss

Hakuna matata!

fonte: não-salvo!

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

O tempo é vaidade

O que virá?
Como faremos?
Mais importante, quando seremos?

O tempo é ilusão
A pressa é só miragem
Ouçemos o profeta pagão:
Nada é pra já
E nosso tempo é de passagem(ns)

Andando e chorando
São as promessas que nos deram
O sofrer, porém, não terá
No hoje que virá
Espaço que outrora tiveram
E irão, evaporando.

Essa esperança não vem
Da razão ou da boca pra fora
É fruto consequente
Do seu amor que se fez presente

Não o chame de ilusão
Nosso tempo é que é vaidade.
Nos trás a mente a aflição
E nos ensina sagacidade.

E o que temos,
O que já somos e seremos.
Transcende nossa vã essência
Não pode ser produto nosso
É dádiva de quem, acima disso tudo está
Prova viva de que a esperança não é vã.

E isso o tempo não sepultará!

Bom dia, amor.

A noite cai e não estamos sós.
Uma nuvem sublima,
E sublima também minha paixão.
vai e segue o rumo que lhe é própria
Vai e encontra quem desde sempre lhe era própria

Nada há que impeça
A via é una
E os espaços múltiplos
Daqui são somente morros e florestas,
Estradas e cachoeiras
Pedindo para serem transpostas

Quando chego você já sabe
Me espera, despida da amargura
A tristeza só tem espaço pra fugir
É só nosso tudo o que diz respeito ao amar.

Em poucos gestos e anseios
Temos o que podemos, e fazemos o que queremos
Somos só crianças, querendo se amar
E nos amamos e nos amamos.
Nem o tempo se atreve a passar

Vaidade é não viver perto de você
E ter que despertar para a solidão.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Achmed, o terrorista morto.



SIILENCE... i kill you!!!

é isso aí, garota!!!

Um repórter americano falava sobre as diferenças entre homens e mulheres praticando o vale-tudo. Ele ressaltou que, para muitos, além de menos força, mulheres também teriam dificuldades para finalizar uma luta através de imobilização.

Por isso - apesar de deixar claro que não concordava com a opinião geral - o rapaz perguntou para a brasileira Cris “Cyborg” Santos quanto tempo seria necessário para “apagar” uma adversária.

Cris, que é um mimo… um docinho de coco… uma fofolete, teve a brilhante ideia de responder na prática...




via: Pavablog

sexta-feira, 26 de junho de 2009

O poema que voltou.

SOBRE o chão que desgasto a sola
que participo do intrínseco princício comum
algo falta, não consigo achar
o caminho que te vai me levar

NÓS só temos o que podemos
não podemos tudo que tivemos
porque algo ainda falta
talvez na rocha mais alta

HÁ um tudo de Divino
cerceado pelo pó (que não o estraga)
redimindo, quando livre

O amor que me serves
recompensa só a um permitida
mais de cinco vezes tentei

MESMO que te ausentes no meu choro
sei que não querias

CÉU, faça me o favor,
não poupe estrelas, não permita as nuvens
declare ao meu amor
a verdade eterna e implícita:

SOBRE NÓS HÁ O MESMO CÉU.

L'amore non si conclude mai

terça-feira, 9 de junho de 2009

decida o que você quer fazer com ela.

Esse é o trailer do filme HOME (lar) que trata do assunto da conservação do nosso planeta. Até aí nada de mais, contudo uma novidade é que ele não será lançado nos cinemas. Ele já foi lançado, no Youtube! e tem versão em português, português de portugal, mas pra quem nao entende bem inglês já é uma boa, o pá! rs

quarta-feira, 20 de maio de 2009

como nós..


O golem é um monstro da mitologia judaica medieval, um homem feito de argila que ganha vida quando se escreve na testa dele as letras hebraicas que formam a palavra emet, “verdade”. O golem pode servir como seu escravo, mas quando começa a incomodar, a crescer incontrolavelmente ou a matar todo mundo no seu caminho, a única forma de parar o bicho é apagar a primeira letra da testa dele, transformando emet (verdade) em met (morte). Sem a verdade para animá-lo, o golem volta a ser um amontoado de terra sem vida.

Como nós.

Veja maior.



quinta-feira, 14 de maio de 2009

A infecção humana

A auto-identidade é no fim das contas um sintoma de invasão parasítica, a expressão dentro de mim de forças que originam-se no meu exterior. A linguagem é para o cérebro o que a tênia é para os intestinos. Não só isso: pode ser possível encontrar um espaço digestivo livre da infecção parasítica, mas jamais encontraremos um espaço mental que não esteja contaminado [pela linguagem]. Espirais de DNA alienígena distendem-se dentro de nossos cérebros da mesma forma que as tênias estendem-se ao longo de nossos intestinos. Não apenas a linguagem, mas a qualidade completa da consciência humana, como expressa em homens e mulheres, é basicamente um mecanismo virótico.

William S. Burroughs, Cities of the Red Night (1981)

Quero compartilhar uma observação que tive durante minha estada aqui. Ocorreu-me quando tentava classificar a espécie de vocês e percebi que não são na verdade mamíferos. Todo mamífero neste planeta desenvolve instintivamente um equilíbrio natural com o ambiente que o cerca, mas não vocês, humanos. Quando se transferem para determinada região o que vocês fazem é multiplicar-se sem cessar até que todo recurso natural seja consumido, e o único meio que têm de sobreviver é alastrando-se para outra região. Há apenas outro organismo neste planeta que segue o mesmo padrão: um vírus. Os seres humanos são uma doença, um câncer neste planeta. Vocês são a praga. Nós somos a cura.

Agente Smith, Matrix (1999)

Infelizmente, diz Lovelock, Gaia está em apuros: acontece de estar infectada por um vírus chamado Homo sapiens. Os seres humanos estão destruindo ecossistemas, exterminando milhares de espécies e desestabilizando os climas. “Tornamo-nos a infecção da terra em algum passado longínquo e indeterminado, mas foi só há 200 anos que teve início a Revolução Industrial: nesse ponto a infecção da Terra tornou-se irreversível”, afirma ele.

Lovelock chama essa doença de poliantroponomia, condição na qual os seres humanos são tão numerosos que acabam fazendo mais mal do que bem. Projetos de energia renovável, a redução das emissões de carbono e a promoção do desenvolvimento sustentável, bem como outras idéias verdes, nada mais são do que a dissimulação de “animais tribais acenando bravamente seus símbolos contra a ameaça de uma força inelutável”.

Robin McKie, em resenha de The Vanishing Face of Gaia (2009), de James L. Lovelock

* * *

Originalmente no sempre lúcido, sempre provocador The Teeming Brain, pilotado por Matt Cardin


Fonte: A Bacia das Almas - onde as idéias não descansam.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

nem tarde nem cedo

Uma das coisas que me salvou durante esta semana foi a seguinte imagem:

Entre tantas pressões externas e internas, é difícil descobrir, conhecer e respeitar o próprio tempo. E, neste tempo específico, difícil também é encontrar-se quem se é.

Como impressionista que sou, fiquei feliz ao ver que Van Gogh, o “cara” do movimento, começou aos 27. Sinal que ainda estou dentro do “prazo de validade”.

Outra hora eu explico melhor tudo isso. Espero simplesmente que, assim como foi para mim, a imagem sirva de alento a outros que por ventura ou desventura ainda estejam por começar.

Mas sem cortar a orelha, tá?

Camila Hochmüller, no blog Metamorfoseantemente.

Leia +

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Globo, a gente não vê por aqui.

Como todos sabem a nova novela da Globo é O CLONE Caminho das Índias, uma novela sem nenhuma criatividade, igual a várias outras que ja vimos aonde o casal principal se ama, se adora, dai se separa por forças maiores, se odeiam, se reencontram, se amam, e acabam juntos em um belo casório com os casais secundários tudo esperando bebê. Pronto, ja contei o final prontofaleijáfoi. Desculpe. Por ser temática, na Índia (apesar de todo mundo falar portugues, nunca entendo isso) alguns pontos turisticos do país são explorados para darem cenas bonitas e paisagens misteriosas..

Um desses pontos é o rio Ganges. Para quem não sabe, esse é o rio Ganges, sagrado para os hindus.

Nesse rio os hindus tomam banho, fazem rituais, lavam os rostos, as roupas e…. e…….. soltam os corpos dos mortos sendo cremados em cima de balsas de madeira. Os de “castas inferiores” não podem comprar muita madeira então o corpo não é totalmente cremado, sobrando os restos mortais, os mais afortunados compram mais madeira e o corpo queima até virar cinza. As vacas sao consideradas santas também e são muito respeitadas e, quando morrem, também são jogadas no rio.

A rede Globo, óbviamente NUNCA que vai mostrar o lugar como realmente ele é pois é algo chocante, eu vi as fotos e algumas são bem nojentas.. outras pessoas viram do meu lado 2 fotos e nem quiseram ver o resto.. maaaaaaaaaaaaaaaas como o mundo é maravilhoso e belo aos olhos de Marcio Garcia e Juliana Paes, o Projac foi adaptado para que um falso rio Ganges pudesse ser filmado. Como? Eles fizeram uma escadaria, uma pscina e um Chroma Key ao fundo que o computador coloca efeitos de céu e afins..
Eu não assisti a novela nenhuma vez ainda, mas pelo que eu li nos blogs por ai esse efeito ficou BEM tosco.

para ver todo o texto e as fotos comparativas, clique aqui!

sábado, 9 de maio de 2009

chiqueiro nacional


Aproximadamente uma da tarde. Medindo meu prato de comida pelo já referido motivo, tenho o cuidado de não pegar os pedaços de linguiça no macarrão. Não posso ingerir carne de porco devido a um tratamento médico. Frito o bife, sento a comer, ouvindo um noticiário no rádio. E eis que ouço pela primeira vez o que seria o mais novo mantra das comunicações jornalísticas: Gripe Suína!

Casos no México, EUA... A Europa, depois da peste negra, talvez se veja diante da peste rosada. E no Brasil também apareceram os casos. E o alarde é palpável. O rosto dos âncoras nos jornais de todo país é deprimente, envolvente, apocalíptico. Técnicas de proteção, máscaras de hospital, máscaras "bico de pato". Até remédio já foi criado. Não sei como ainda não apareceu uma ONG do tipo Todos Contra a Suína (para a felicidade dos corintianos)

E o fato é que, comparado com outras doenças, que realmente foram devastadoras, essa gripe suína é nada. O Apocalipse quase foi antecipado por causa de um catarro de porco mexicano. Palavra de especialistas que, essa gripe mata, não porque seja um tipo especial e destrutivo de gripe, mas porque é uma gripe. Quem morre por causa dela é porque já estava debilitado, e com a gripe, seu quadro foi agravado. Palavra de especialistas.

Mas o fato que quero chamar atenção não tem nada a ver com porcos, catarro nem burritos... E os cartões corporativos, pararam? E as passagens de avião para os políticos? E a mansão do senhor Edmar Moreira? Enfim, percebem? Sempre que aparece um escândalo político, quando se acendem as luzes no quarto escuro de Brasília e se mostram as baratas, morcegos e vermes escondidos [nem tanto ...] rápido rápido aparece um João Hélio sendo arrastado... Uma Isabela Nardoni sendo jogada do prédio... Agora esse maldito porco que fez o favor de espirrar no sombreiro d'um infeliz... E lá se vão semanas falando, e se mobilizando, e falando, e fazendo enquetes no nosso site, e falando, e fazendo o bingo de novos infectados (14... 30 na Europa... opa, mais um nos EUA... olha, 5 no Peru). E aí, a gente esquece. Como os próprios jornalistas parecem agir em todos os noticiários: [cara fechada, quase se sente a compaixão] enchentes no nordeste, famílias desabrigadas pela chuva, a situação é calamitosa [subitamente, um sorriso sereno e dentado] agora futebol... "brasileiro tem memória curta" e pela facilidade de se distrair, talvez deficit de atenção também.

Povo brasileiro, povo lindo tupiniquim, não temam os porcos resfriados, antes, repudiem os fartos e saudáveis suínos que povoam e gozam a bacanal livremente [e com nosso consenso] nas câmaras de nosso Congresso Nacional.

Lembrai. Cobrai. Sejais povo, não massa. Sejais livres, não enganados.

L'amore non si conclude mai

Conversas sobre política (2)


não me recordo de nenhuma obra que Ghandi tenha inaugurado. Mas me lembro bem de outros gestos seus. Como uma longa caminhada que fez rumo ao mar quando tinha 61 anos de idade. Mais de quatrocentos quilômetros, 24 dias, 18 quilômetros por dia. Para quê? A inglaterra, potência colonial dominadora, proibia que os indianos possuíssem qualquer sal que não lhes estivesse sido vendido pelo monopólio governamental inglês. Ghandi Resolveu caminhar até o mar para ali transgredir a vontade dos dominadores: tomar nas mãos o sal que o mar e o sol haviam depositado nas rochas. Gesto mínimo, fraco, que não seria marcado por nenhuma fita cortada nem por nenhuma placa de bronze. Há situações em que a quebra da lei é a única forma de ser íntegro. Bem que podia ter ido em lombo de animal ou em vagão de trem. Seria mais rápido, mais cômodo. os políticos que se prezam tem horror a lentidão. Por isso se concedem atributos divinos de onipresença: agora estão aqui mas num abrir e fechar de olhos estão ali. Voam pelos espaços para se fazer ver e inaugurar... Ghandi pensava diferente, sabia que a vida cresce devagar.

Não queria inaugurar coisa alguma. Queria gerar um povo. E isso leva tempo, como uma gravidez. Era preciso que a caminhada demorasse, para que as pessoas caminhassem com ele e, com ele, sonhassem. E enquanto ele ia, crescia, na alma do seu povo, o sonho...

[...]

Pensei então que há dois tipos de políticos:
  • Os que se oferecem aos olhos do povo;
  • e os que oferecem novos olhos ao povo.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Conversas sobre política


"A política, dentre todas as vocações, é a mais nobre. A política, dentretodas as profissões, é a mais vil."

"... a grande lição da democracia: é preferível cocô de rato a bosta de elefante"

"Foi por isso, por querer tranquilidade, que me decidi a não mais ler jornais. Dose matutina de veneno, eles só faziam me agitar, agitação que permsanecia o dia inteiro. O que me pertubava era a minha impotência: nada havia que eu pudesse fazer. Minhas palavras seriam inúteis, ninguém as ouviria. Pois quem prestaria atenção à voz de um poeta quando todos gritam?"

Rubem Alves

sexta-feira, 24 de abril de 2009

eu quero o mar e o sertão



A montagem de fotos é normalzinha... rs

mas prestem atenção na letra. Na melodia.

É linda demais essa música. Daquelas que você vai se pegar cantarolando. =]



Mais uma obra de arte deliciosa dos mestres Los Hermanos.

terça-feira, 7 de abril de 2009

pensamento solto #10

Não é correto dizer que tudo é relativo, pois ao empregar-se a palavra tudo, ainda mais a expressão "tudo é" isso configura à assertiva um caráter absoluto, não relativo. Então seria um contra-senso dizer que tudo é relativo, se a prórpia frase é uma frase "absoluta". Por mais bobo que pareça, mais certo seria: nem tudo é relativo.

domingo, 5 de abril de 2009

Nosso Sangue






Estou notadamente acima do peso. Para perdê-lo preciso vencer a insistente preguiça. Na teoria é só agir, mas só quem sabe o que é desânimo, sabe. [risos] Preguiça, ócio, nos dá a estranha sensação de impotência e uma morbidez que parece se alimentar dela própria, e só cresce, incomoda mas tão somente cresce. E a impotência assola em razão do crescimento.
Há dois dias assisti a um filme chamado Diamante de Sangue. Com um ótimas atuações, roteiro melancólico e envolvente, um ótimo filme. Ele trata do tráfico de diamantes na África, envolvendo a ação de grupos guerrilheiros no país, que usam o trabalho forçado de habitantes de aldeias que eles invadem no garimpo de diamantes para os venderem ao mercado ilegal, sobre o pretexto de estarem libertando o país. As atrocidades cometidas pelos guerrilheiros são de uma barbárie e repúgno aterrorizantes, nem tanto pelo mostrado no filme, mas pelo que você [pelo menos eu] imagina o que realmente deve acontecer nessas minas. E como um dos personagens mesmo ressalta: "que os brancos matem pelo nosso diamante, é até compreensível, mas pelo amor de Deus, como nosso próprio povo pode fazer isso?!"
Entretanto uma cena me chamou atenção e quase me fez não prestar mais atenção no filme todo. O personagem de Leonardo di Caprio, Danny Archer se encontra com Maddy Bowen, a personagem de Jennifer Connelly, num bar; na conversa Archer, flertando com Maddy, tenta descobrir a profissão da bela moça, nesse meio solta uma pergunta: "Você é uma daquelas missionária? Se for vai ficar só tempo o suficiente para ver que não está ajudando."
Isso me transportou a uma aula de história na qual o professor tratava da questão Africana, dizendo que, desde a Partilha da África, evento ocorrido durante o Imperialismo europeu, esse continente vem sofrendo inúmeras guerras civis entre etnias rivais. E essas guerras se devem tão somente à própria ação européia no continente, que ao determinar os limites territoriais dos países, colocaram propositalmente [para viabilizar o comércio de armas] etnias rivais como fazendo parte de um mesmo Estado. Isso, claro, sem consultar os habitantes. Imagine se a rivalidade entre Brasil e Argentina fosse além do futebol e que nós realmente nos odiassemos, caso de se um argentino e um brasileiro se encontrassem numa rua, fosse motivo para pragejos e até agressões físicas. Agora imagine se de repente, os países europeus decidissem unir os dois territórios e chamasse o "novo país" de Brasil, ou de Argentina. Seria motivo de conflitos? Foi mais ou menos o que fizeram na África.
E quanto a ação de grupos humanitários, por maior boa vontade que tenham, a dura realidade é que uma mudança substancial só ocorrerá quando os que fizeram a besteira tomarem uma atitude a favor dos prejudicados. Até lá, por mais que eles só fiquem "tempo suficiente para ver que não estão ajudando" o trabalho de ONGs, voluntários com o desejo sincero de ajudar as pessoas lá é o que podemos fazer. E junto com o trabalho e válido a denúncia à omissão dos ditos líderes mundiais. Para atentá-los que o sangue não pode comprar uma pedra transparente e brilhosa que vai parar num fútil pescoço, dedo ou pulso. Sim, fútil! Me ira a idéia que não pesa a consciência nem um pouco saber que pessoas se submetem a condições subumanas, morrem, tem seus filhos recrutados para matar o próprio povo, tudo para que usemos um adereço dispensável.
Uma adorinha pode não fazer verão mesmo, mas será que duas fazem? mas um bando de andorinhas começa com duas andorinhas! Estou começando a ver esse tipo de idéia como "o que eles querem que a gente pense".
Quanto a mim, esse sentimento de angústia, tudo que escrevi veio como um relâmpago em minha mente e juntado ao sedentarismo, me abateu a vizualização de mim mesmo como inútil, impotente, totalmente incapaz de fazer algo que realmente faça diferença. Então veio um clichê inegável: "quer mudar o mundo? mude a sim mesmo"

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Hoje comecei a pedalar. 25 minutos.

pensamento solto #9

Se toda regra tem uma exceção, então há uma regra sem exceção. Pois tal afirmativa nada mais é que uma regra, que se dirige às próprias regras; e sendo uma regra, à essa cabe uma exceção, e a exceção à regra de que toda regra tem uma exceção é que há uma regra sem exceção!

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Meus Irmãos


Certa vez ouvi uma frase:

"a 'música do momento' não é necessariamente a que todo mundo ouve, a que está na moda... mas aquela que toca seu coração"

É, uma frase singela, mas como foram verdade para mim tais palavras, depois que comecei a ouvir as canções de uma certa banda carioca, formada por ex-alunos da PUC-RJ, composta por Marcelo Camelo, Rodrigo Amarante, Rodrigo Barba e Bruno Medina.

Sim, podem duvidar da imparcialidade das minha palavras, devido ao meu já grande fascínio pelo grupo. Porém é necessário só um olhar [ou um ouvir] mais atento para que se perceba a genialidade da banda. Raros, raros foram os que conseguiram expressar com tanta exatidão, e ao mesmo tempo com tanta subjetividade os temas, já corriqueiros da música: amor, solidão, alegria e tristeza, a vida, etc.

Eu costumo dizer que sabemos que um texto é bom, quando ele consegue dizer exatamente aquilo que sempre pensamos, mas nunca conseguimos traduzir em palavras. Bom, do mesmo modo acontece com a música. Inclusive, não sei se sou só eu -e meu irmão- que penso desse modo mas, às vezes parece que eles estão cantando nossa vida, como meu irmão certa vez comentou: "cara, parece que eles olharam para mim e fizeram essa música." será coincidência ou algum tipo de misticismo? Não, é só qualidade musical mesmo.

Como na canção Mais Uma Canção, onde ele diz:

"Nada vai mudar entre nós
como eu sei? Eu só sei.
Tudo vai permanecer igual, afinal
não há nada a fazer.."

É muito legal o jeito que eles colocam a mente de quem quer consolar o companheiro, quando o relacionamento está em crise. Bem simples. Direto.

E esta homenagem eu presto a eles, que fizeram uma música tão boa, tão completa: Melodias lindas, envolventes, marcantes; harmonias trabalhadas, ora simples, mas sempre CORRETAS, nunca previsíveis, como na música Cara Estranho, nunca vi acordes diminutos tão bem usados! Os ritmos, sem ser preso a um específico. Começa com Reggae, vai pro hard core, e volta pro reggae, como na música Lágrimas Sofridas. E em outras canções, como na Deixa o verão, onde não se sabe ao certo de que ritmo se trata. rs...

E as letras. Essas merecem ser tratadas à parte. Num tempo de tanta escassez nas letras das músicas, quando não é uma total ausência de mensagem, o que resta é um "romantismo" barato, repetitivo, insípido. Claro que não é exigência uma originalidade absoluta, cantar algo que ninguém cantou, mas a criatividade é requisito. Afinal estamos falando de arte não é? E isso eles sabiam fazer: Arte. Mesmo que pra isso tivessem que abdicar uma maior "fama"; e foi o que fizeram, abdicaram enquadrar-se no sistema, e decidiram fazer o que os seus corações estavam dizendo, ao invés de fazer o que a gravadora estava dizendo.

Letras reflexivas, complexas como: De Onde Vem a Calma, Cara Estranho, Além Do Que se vê, Todo Carnaval Tem Seu Fim, Dois Barcos...

Outras mais descontraídas, como Samba A Dois, Deixa o Verão, O Vencedor, Pierrot; umas até um pouco engraçadas: Azedume, Cadê Teu Suín-?, Cher Antoine...

E enfim, as românticas como Morena [a primeira deles que ouvi], Retrato Pra Iaiá, Mais uma Canção, A Flor [esta, considero uma das melhores], Anna Júlia, Sentimental, Último Romance.. entre tantas...

Seria exagero comentar cada uma delas, e poderia fazê-lo não por gostar muito deles mas, pela profundidade das suas músicas. Mas um comentário geral é que cada música citada, pode prestar atenção, tem uma profundidade poética exagerada! Esse é um forte motivo d'eu admirar tanto a obra do Los Hermanos. Sou jovem e pode se dizer que estou descoobrindo a boa música agora mas, não me recordo de ouvir tanta poesia, e poesia de tanta qualidade, são músicas que você ouve, e tem de prestar atenção, e pensar no que está sendo cantado.

E a banda fez jus ao seu nome, em uma entrevista, marcelo camelo disse que o nome da banda não tem um motivo específico, mas era uma expressão do clima que existia entre os componentes. E quem ouve, gosta, vira hermano! rs

Como isso faz falta.

Ah, meus irmãos, como vocês fazem falta!

Vídeos no youtube:

Além do que se vê
De onde vem a calma
A flor
Azedume veja a letra para entender melhor
Todo Carnaval tem seu fim
Retrato pra Iaiá
O vencedor
Morena
O vento
Cadê teu suín-? veja a letra para entender melhor
Deixa o verão
Cara estranho

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

As 9 inteligências do ser humano

O psicólogo Howard Gardner da Universidade de Harward, nos Estados Unidos, propõe “uma visão pluralista da mente” ampliando o conceito de inteligência única para o de um feixe de capacidades. Para ele, inteligência é a capacidade de resolver problemas ou elaborar produtos valorizados em um ambiente cultural ou comunitário. Assim, ele propõe uma nova visão da inteligência, dividindo-a em 7 diferentes competências que se interpenetram, pois sempre envolvemos mais de uma habilidade na solução de problemas. Embora existam predominâncias, as inteligências se integram:

1-Inteligência verbal ou lingüística habilidade para lidar criativamente com as palavras.
2-Inteligência lógico-matemática capacidade para solucionar problemas envolvendo números e demais elementos matemáticos; habilidades para raciocínio dedutivo.
3-Inteligência cinestésica corporal capacidade de usar o próprio corpo de maneiras diferentes e hábeis. É a inteligência dos atletas, dançarinos, etc.
4-Inteligência espacial noção de espaço e direção.
5-Inteligência musical capacidade de organizar sons de maneira criativa.
6-Inteligência interpessoal habilidade de compreender os outros; a maneira de como aceitar e conviver com o outro.
7-Inteligência intrapessoal capacidade de relacionamento consigo mesmo, auto-conhecimento. Habilidade de administrar seus sentimentos e emoções a favor de seus projetos. É a inteligência da auto-estima.
8-Inteligência pictográfica habilidade que a pessoa tem de transmitir uma mensagem pelo desenho que faz.
9-Inteligência naturalista capacidade de uma pessoa em sentir-se um componente.

Autor: Daniel Goleman
Fonte: http://www.felipex.com.br/cur_inteligencia.htm

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

pensamento solto #8

como é feita a história? Por alguém que fez (passado) ou está fazendo (presente) algo que grande relevância, nunca se faz história no futuro. Então para de se preocupar com o que você quer fazer, pare de se preocupar mto com o futuro. O tempo é hoje. A História é hoje.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Respostas (verídicas) dadas por candidatos a emprego

Entrevistador - Como você administra a pressão?
Candidato - Ah, tranqüilo. 11 por 7, no máximo 12 por 8.

Entrevistador - Manter sempre o foco é muito importante. E me parece que você tem alguns lapsos de concentração.
Candidato - O senhor poderia repetir a pergunta?

Entrevistador - Como você se sente trabalhando em equipe?
Candidato - Bom, desde que não tenha gente dando palpite, me sinto muito bem.

Entrevistador - Como você se definiria em termos de flexibilidade?
Candidato - Ah, eu faço academia. Sou capaz de encostar o cotovelo na nuca.

Entrevistador - Nós somos uma empresa que nunca pára de perseguir objetivos.
Candidato - Que ótimo. E já conseguiram prender algum?

Entrevistador - Vejo que você demonstra uma tendência para discordar...
Candidato - Muito pelo contrário.

Entrevistador - Em sua opinião, quais seriam os atributos de um bom líder?
Candidato - Ah, são várias coisas. Mas a principal é ter liderança.

Entrevistador - Noto que você não mencionou a sua idade aqui no currículo.
Candidato - É que eu uso óculos, e isso me faz parecer mais velho.
Entrevistador - E qual é a sua idade?
Candidato - Com óculos ou sem óculos?

Entrevistador - Quais seriam seus pontos fracos?
Candidato - Ah, é o joelho. Até tive de parar de jogar futebol.

Entrevistador - Há alguma pergunta que você queria me fazer?
Candidato - Eu parei meu carro lá na rua. Será que eu vou ser multado?

Entrevistador - Por que, dentre tantos candidatos, nós deveríamos contratá-lo?
Candidato - Eu pensei que responder a isto fosse seu trabalho.

Entrevistador - Como você pode contribuir para melhorar nosso ambiente de trabalho?Candidato - Bem, eu começaria trocando a recepcionista, que é muito feia.

Entrevistador - Várias pessoas que se sentaram aí nessa mesma cadeira hoje são gerentes.
Candidato - Puxa, o fabricante da cadeira vai ficar muito feliz em saber disso.

Entrevistador - Quando digo 'Sucesso', qual a primeira palavra que lhe vem à mente?
Candidato - Pode ser duas palavras?
Entrevistador - Pode.
Candidato - Milho. Nário.

fonte: Revista Exame - 29/08/2004

Rir faz bem!



Com vocês o grande mestre de todos os comediantes. Sir Charles Chaplin.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

sábado, 31 de janeiro de 2009

assim tem sido

Hoje raiou o dia
tentei levantar da cama
mas juro que não consegui
ela me pediu pra ficar um pouco mais
e eu...
eu não resisti
se bem que daqui a pouco eu tenho
um milhão de coisas pra fazer
então sem mais delongas num pulo levantei
dei bom dia pra Deus
e te dei adeus

E assim tem sido dia a dia
essa correria urbana cinza e bege
fast-food, ternos pretos, CO2
me impediram de ver a beleza do céu
e as cores vivas do entardecer
e o pôr-do-sol alaranjado
anuncia outra noite sem você.
que tal agente parar o mundo,
se esconder um no outro e não mais
dizer adeus?

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

little john

A professora dava aula a seus alunos sobre as diferenças entre ricos e pobres. Aline levanta o dedo:

- Senhora, meu pai tem tudo: televisão, telescópio, DVD…

- Tudo bem - diz a professora, mas será que tem uma lancha?

Aline reflete e diz:

- Bem, não…

A professora disse:

- Está vendo, é como eu disse, não podemos ter tudo.

- Professora - disse Paulinho - meu pai tem tudo: ele tem TV, telescópio, DVD, lancha…

- Sim - responde a professora - mas será que tem um avião particular?

Depois de refletir, Paulinho responde:

- Bem, não...

- Estão vendo que não se pode ter tudo na vida - disse a professora.

Joãozinho levanta o dedo e diz:

- Meu pai, senhora, agora tem tudo, pois sábado passado,quando minha irmã apresentou seu namorado VASCAÍNO, papai disse: CARAMBA!!! ERA SÓ O QUE ME FALTAVA!

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

cara ou coroa


por Volney Faustini – reescrito Dez. 2008

“Cara ou coroa?”, pergunta o assassino.

Pela idade da moeda, sabemos que a história se passa em 1980. O homem do lado de lá do balcão, prestes a ir para o lado de lá da vida, não imagina que tem 50% de chance de sobreviver. Mas sua sorte está lançada – não depende nem dele, nem do demônio assassino. A moeda vai ditar a sentença.

Este é um dos muitos paralelismos de “Onde os Fracos Não Têm Vez”. A vida perde sentido, pois o acaso está sempre presente. Chame-o - se quiser - de sorte e azar, pois na melhor das hipóteses as chances são meio a meio.

Os filmes, pelo menos os bons filmes – não importando se vêm de Hollywood ou de outras paragens – obrigatoriamente são obras críticas. A Arte transcende escolas, não se permitindo tomar o lugar delas. Serve como tábua de ressonância da realidade. Vai além da Filosofia, que poderíamos dizer, é a mãe de todas as escolas.

No caso dos irmãos Coen – não importa a perspectiva, se pelo conjunto de suas obras, ou se por “Onde os Fracos Não Têm Vez”, o questionamento filosófico suplanta a história e os personagens. Jorge Coli, de Ponto de Fuga (Caderno Mais! FSP), me revela que encontramos numa poesia* de William Butler Yeats a cepa do título original (“No Country for Old Men”). No entanto, há um jogo sutil no título que falta à tradução. O ‘onde’ pode ser um lugar específico, mas o ‘no Country’ é também a negação de lugar. Ou seja, na história, os velhos (e os fracos) não têm vez por não ser aqui o lugar para eles, mas também por não haver possibilidade de se viver porque no mundo não existe ‘onde’ viver. Ausência total de significado!

A diferença um pouco mais sutil, e aí já estou entrando no mérito, é que mesmo os fortes – os que assim se apresentam poderosos, indômitos e destemidos - também se tornam (com o tempo ou pelas circunstâncias) fracos e velhos, pois esta é a nossa sina. E aí voltamos à moeda – pois todos os homens têm os seus dois lados de fraco e forte, de jovem e velho.

É interessante, pois não se fez juízo de valor ou de moral. Quem é o mocinho do filme? Quem representa o lado bom? Será o xerife? Ou será o casal em sua luta por sobrevivência? E os caras do mau? São os traficantes (mesmo sendo de bandos diferentes)?

Aparentemente, os personagens em filmes pós-modernos estão isentos do mal. Ou até pior do que isso, eles carregam o mal consigo. Mas pouco importa. Não há lugar (momento) para se discutir, pois estamos fadados a morrer. Não há lugar para viver (físico), pois estamos marcados pela falta de significado. No fundo, não vivemos de fato nem de direito.

O pós-modernismo há muito adotou Nietzsche, indo além do bem e do mal. Aqui, o poder da força (perpetrado por Marques de Sade – daí vem o ‘sadismo’) e seu uso indiscriminado, sem freio nem arrependimentos. E do outro, os fracos, como zumbis - a ausência de poder os levará a morte.

Mesmo na sutil e aparente exceção, onde o demônio matador não se mostra fraco, nos parece que suas qualidades são sobre-humanas. Será ele um super homem? Será ele o Diabo?

Um psicopata, um assassino frio e cruel, uma criatura que se supera em suas próprias limitações – quer nos ferimentos à bala ou numa fratura exposta, é forte enquanto a sua velhice não chega. Passaram-se quantas décadas desde então?

Muitas moedas serão lançadas. E na chance de 50 para 50 – um dia poderá chegar a sua vez. E mesmo o forte terá a sua vez. E ser fraco será finalmente a sua sentença de morte.

- - - -

Post Scriptum

Um filme policial, retratando a violência, com pano de fundo o tráfico de drogas, a ganância - ingredientes para uma boa história. Podemos assisti-lo como pura diversão, sem perceber que há um significado na arte que retrata nosso tempo, nossa sociedade e a filosofia e valores que nos permeiam.

Precisa-se ir longe? A guerra no Iraque, o terrorismo mundial, a política suja e corrupta, os assassinos em família, a bandidagem, o uso desmedido de força pelas tropas do Bope, o traficante da esquina ...

Não, não é para se ir longe. Qual o significado que o mal tem para mim? O que representa o poder sobre outras pessoas? O fato de usá-lo, para o bem ou para o mal? E a minha vida, tem significado?

O nosso desafio é cotejar a história do filme, ‘onde os fracos não têm vez´, com a mensagem dos Evangelhos, que nos traz Jesus como Filho de Deus. Que nos apresenta a Cruz – entregue a um Deus que ama, que se fez carne e se fez fraco. Um coitado sendo levado ao matadouro, caminho de morte e de sofrimento. Mas o fez para dar significado à minha vida.

O único fraco que realmente tem vez é Jesus! A sua morte e ressurreição no fundo são sinais de força e poder. Porque passou por tudo isso em sinal de amor. Ele se fez fraco por mim, para me dar vida e com ela significado e sentido.

Volney Faustini – Autor, blogueiro e consultor de empresas com foco em Inovação e Tecnologia.
Foi o editor da Revista Kerigma, tendo atuado em diferentes ministérios de alcance nacional.
Atualmente, congrega na Igreja Batista da Água Branca.

Soneto para Obama


Ei, Mister Barack,
Não se esqueça que um dia
O senhor já morou em barraco
E em teus lombos, na labuta, o sol ardia

Pois é, senhor Hussein,
Entenda sua responsabilidade
De não só fazer o que lhe convém
Para que o peso da mesmice nos não enfade

Então, Obama,
Não esqueça que teu povo é de gana
E não troca suas fortes raízes

Pelos podres frutos de um jardim alheio
Que há tempos e desmedidamente
Inclina à morte sem receio.