domingo, 31 de agosto de 2008

poema em linha reta (Fernando Pessoa)

    POEMA EM LINHA RETA

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.

E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.

Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...

Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,

Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?

Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?

Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

(Im)possível (Wallace da Silva)

O cheiro da tua pele supera os meis doces aromas das mais belas flores
O seu toque supera o roçar mais delicado do mais suave dos tecidos
Na inocência do aconchego de um abraço teu
Eu me sinto como um pássaro
Voando entre as nuvens
O teu beijo é a mais intensa prova de que o paraíso existe
É sentir o gosto da fruta mais saborosa
Que se econtra no topo da árvore mais alta
Para muitos inalcançável
Do bosque mais florido de todos:
o teu coração
Experimentar esse sentimento é como ser uma criança
Que em uma brincadeira inocente
Transforma em realidade
os seus sonhos mais desacreditados
Q'içá impossíveis de serem realizados
O sonho de um dia estar nos teus braços

Apenas notas (Wallace da Silva)

Nos acordes de um violão
Minhas almas passeia pelos infinitos tons do amor

Dominando o meu ser
Recriando minhas paixões
Mistificando o óbvio
Fatalizando minha razão
Soledade
Lateja o meu coração
Sim! Estou apaixonado

Me faltam palavras
O ar se esgota
Me falta coragem
Meu violão me consola

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

desde o ventre!!

kkkkk

um poema do meu irmãozinho de 12 anos, para minha mãe

mãe, eu te amo do fundo do meu coração
mãe, mesmo você me corrigindo eu te amo de montão
mãe, você me deu a luz, a casa e um quarto
mãe, eu te amo desde o dia do meu parto
mãe, quando você viaja eu conto os dias para você vir
mãe, mas se eu pudesse eu parava o tempo para você nunca partir.

Iuri Moreira Celestino

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

olimpiadas

atleta no momento lois armstrong! heheh


quer ver mais? http://msn.lancenet.com.br/especiais/PEQUIM-2008/frio/galerias/91/7.stm

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

sob a cachoeira da sua luz

entro no meu quarto
e lá está você
me esperando paciente
reclinado, atento
com você compartilho meus livros
meus poemas
pra você eu abro o jogo
com você não tenho mais medo
nem preciso ter cuidado
com você, há esperança
chega mais perto
perto do meu peito
sente meu coração
sente essa aflição
sobre as letras, meus fonemas
você derrama luz
e você me espera
queres ouvir o que tenho a dizer?
já não o sabes, tu?
porque te gastas e te rebaixas?
volte para lá, lá onde é o seu lugar
não me entenderias.
Por favor, não me ouças
não ligue para o balbuciar confuso
de meus embaraçados pensamentos
Traduza.
Dá melodia ao meu poema
Me usa.
Esteja comigo em meu dilema
Não me abandone
me decepcione
não liga pra mim
sou só um garoto doido
cheio de idéias na cabeça
querendo mudar esse planeta
só me aproveito de tua luz.
Confesso minha falha
quando o erro me seduz
no meu canto
me recolho
e abro meu da minha voz, do meu canto
transporto à tinta
sobre a celulose
o que meu cerebro fervilha
as palavras que ele coze
eles não têm argumentos
não têm motivo
eles não têm nada!
E ainda assim
me conduzes ao recolher
como presa que é caçada
e não me interessa o porquê
se no fim do dia eis minha alma
chorosa, engaiolada
eis-me aqui sob sua luz
e sonho
mas só espero me lembrar
como era saber voar.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

tracadilho safado!


Steve Vai onde adriana Esteves

Steve Vai porque morre uma só vez, já a Alanis Morrisete

Steve toca numa Ibanez, o Mel Gibson!

Steve Vai lavar seus cabelos com shampoo Seda, enquanto Eric Johnson

Steve Vai de navio negreiro, já o Kiko Loureiro

Steve Vai e uva passa

Steve Vai, mas será que o John Travota?

Steve Vai andar de carro, mas o Mick Jagger