sábado, 2 de outubro de 2010

Um dia antes

Por: MARCELO QUINTELA.



QUANDO VEM, NINGUÉM QUER...

Com uma massa universal liderada pelo Bispo Macedo e pelos caciques assembleianos “fechados” com o PT; restava a opinião do maior líder interdenominacional da atualidade no Brasil: Pastor Silas Malafaia. Agora ele mudou seu voto e “sutilmente” conclamou todos a fazê-lo, ao sugerir que Marina Silva é dissimulada. Votará no Serra http://www.youtube.com/watch?v=f9nkxm4G5LM.

A situação dos evangélicos me penaliza: Passam décadas pedindo a Deus um governante crente, um presidente cristão, um governo Justo; e quando Deus parece ter respondido ás orações, Ele o faz para jogar na cara da cristandade hipócrita que seus apóstolos queriam mesmo era alguma espécie de Saul moderno que, em proteção perpétua à santa igreja evangélica, sempre condenasse os ímpios, e controlasse suas bocas, projetos de leis e órgãos genitais.

Pedem um presidente para conchavos político-religiosos, e Deus manda a Marina (parece brincadeira divina, ironia celestial).
Querem um Sansão Gospel e vem Marina Silva: Acreana (O Acre existe!); filha de cearenses, MULHER, Marina-Morena, frágil, de voz fraca, corpo doente, ex-empregada doméstica, ex-analfabeta, ex-seringueira e, então, Senadora da República, sem NUNCA ter feito da FÉ um trampolim eleitoral! http://www.youtube.com/watch?v=hQIsv4jR2ec

Ah! Assim a gente não quer não...

Alguma coisa boa pode vir do Acre, do Ceará e do coração honesto de uma mulher sem pinturas ou firulas?

“Mas a sabedoria é justificada por suas Obras...”


Marcelo Quintela, um dia antes...
Estação Santos

2 comentários:

Unknown disse...

Te juro que me incomoda muito essa interposição entre fé e política, fundamentada num pensamento leviano de que enviados de Deus são aqueles que se imbecilizam apenas nas únicas vertentes divinas. É importante salientar que política e fé não devem nunca se mesclar, por serem totalmente distintas em si mesmas. O mal é que vivemos uma época de fragilidade humana, que por sorte existe a palavra de consolo que nos dá alento e direcionamento. Mas a política só deve ser usada para tratamento mundano, coletivo, enquanto que a fé é o nosso claro contato com o divino, com a certeza de sua existência e com o caminho da essência de uma alma. Por sorte, digo isso mesmo por ser Cristão, nosso Brasil é uma nação laica, alheia a paternalismos religiosos. Não gostaria de viver em uma nação que tem uma instrução religiosa específica, haja vista o que acontece em todas as outras que assim se colocam. Só quando o homem perceber que a religião é um caminho e não uma forma de subjugar o próprio homem é que gostarei de viver em um lugar assim. A religião é um caminho para a equiparidade e para vencer os preconceitos. Mas muitos a usam pra segregar e dirimir. Evangelizar é educar e não diminuir. Aceitaria um líder que fosse um religioso convicto, mas não o viria com bons olhos se ele fosse limitado a somente isso. Já que somos plurais em essência, que aceitemos as pluralidades.

Cerestino disse...

Realmente, nada a acrescentar.

É realmente triste ver política e religião se misturando.

Mas parando pra pensar: a Religião, notadamente e religião Cristã sempre bancou, patrocinou, apadrinhou, direta ou indiretamente todas as democracias ocidentais no modelo europeu-estadunidense, seja na forma do protestantismo, seja na forma do catolicismo.

Graças a Deus, e meu consolo é que Jesus Cristo não fundou um Cristianismo, com o C maiúsculo das formalidades e reducionismos da religião.

Saudade de vc Calixtão!